sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Página em Branco


Nesta primeira postagem, optei por fazer um breve questionamento sobre a vida e sobre como, em minha perspectiva, seria a melhor forma de viver. =)
Quando se fala em aproveitar a vida, logo vem-se a cabeça o velho conceito de "Carpe Diem" que é uma frase em latin de um poema de Heráclito que popularmente é traduzida para "Aproveite o momento". Porém, a concepção de aproveitar o momento, diverge em dois ângulos completamente diferentes.
Para uns, aproveitar o momento refere-se a viver tudo o que há para viver. Não perder Tempo! Cair na farra, beber todas, enfim, não deixar a vida passar sem que se extraia dela todo o prazer que se puder obter!
A outra visão que se têm do Carpe Diem, é a perspectiva de que a vida é muito valiosa para que passe em branco, isto é, aproveitar o momento para se construir algo que faça com que a vida valha a pena! Construir um futuro!

Bem, hoje depois de organizar as perspectivas sobre os modos de viver, eu resolvi concluir qual seria a minha forma de ver a vida, pois hoje me vi diante de um momento crucial, onde tenho que optar por um destes caminhos. E passei a analisar a teoria do "Eterno Retorno" de Nietzsche:

"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"

Então depois de pensar sobre a teoria, e se, no meu caso, eu iria, ou não querer viver tudo denovo, cheguei a minha conclusão. Não me arrependo de nada do que eu fiz, e viveria, sim, tudo outra vez para ter a experiência que tenho hoje! 
Quanto a minha percepção, resolvi viver apenas para mim. Construirei uma vida que é minha, e que é a única coisa que possuo. Não vou fingir ser o que não sou para agradar ninguém, nem vou fazer coisas que não cabem em meus conceitos e valores. Pois a vida é muito para ser insignificante.

Beijos. =)

Um comentário:

  1. Começar um blog já citando Nietzsche? Espero que no próximo tenha Foucault que eu gosto mais :D

    No mais, melhor conceito sobre como viver a vida foi o dado por James Dean - "Live fast, die young".

    :D

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